"Meu grito foi tão abafado que só pelo silêncio contrastante percebi que não havia gritado. O grito ficara me batendo dentro do peito”. C.L.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Quem escreve mente. Não adianta dizer que não, porque mente. Cria, fantasia, incrementa, esconde, aumenta um ponto e não conta conto, qualquer coisa que faça; mente.Porque a realidade é chata demais. M-O-N-Ó-T-O-N-A. É crua, é nada, e aí não serve pra escrever porque o nada chega a ser a ausência da ausência, uma neblina branca sem sal, não serve.

Ah, mente sim, não nega.

2 comentários:

Anônimo disse...

Taaa, SE MATA! Não sei se já chegamos a conversar sobre isso, mas é como eu vejo: escrever é mentir. Usar de eufemismos, mentiras e distorções pra escrever algo digno de leitor impressionado. Os grandes escritores são os melhores mentirosos do mundo. As grandes mentiras são nossas favoritas.
E eu minto, escritora de gaveta que sou. Mentimos porque não mentir é um dom que o mundo não merece; mentimos porque escrever sem mentir é morto, e viver sem escrever é morrer. Continua mentindo, et, que as tuas mentiras...

Juliana Almirante disse...

non nego, pois.
já dizia um que o poeta é um grande mentiroso.